segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dica de leitura

O blog "What mommys needs" é garantia de leitura interessante e indispensável pra quem vive com crianças!

Abaixo segue uma reflexão postada no blog sobre o consumismo infantil:

Como lidar com o consumo infantil?

Como as escolas e as famílias podem orientar as crianças pequenas em relação aos apelos midiáticos para o consumismo?

Por Flávia Lino

Nefasta não é a propaganda, nefasta é a falta de senso crítico diante dela e também a falta de diálogo responsável dos adultos com as crianças sobre ela. Falta o diálogo franco sobre os conteúdos apresentados e destinados às crianças, assistidos por elas. A criança é altamente capaz de entender as nossas ponderações e de pensar sobre elas, com nossa ajuda, claro! Como resistir aos apelos? Conversando e perguntando, fazendo tantas perguntas quantas sejam necessárias para que façam as crianças pensarem e refletirem sobre seu próprio consumo cada vez mais.

Além disso, dizer um firme “não”, mesmo podendo dizer sim, às vezes, faz um bem extraordinário! Essa desculpa de que “não posso comprar porque estou sem dinheiro”, é como se esse fosse o único motivo, pensemos se ele deve ser realmente o único… Os motivos precisam ser claramente expostos em forma de respostas: não, porque você não precisa! Não, porque isso não fica bem em uma pessoa da sua idade! Não, porque esse tipo de calçado não faz nada bem à sua saúde… Explicar, conversar, perguntar. Uma pergunta simples faz pensar mais do que várias respostas: por que – para que você quer isso? (não vale aceitar a nobre resposta: porque eu quero!). Todas essas perguntas, respostas e ponderações podem ajudar a despertar no consumidor mirim algumas desconfianças em relação ao que ele “tem” que ter e ao que ele “precisa” ter.

Pergunte para as crianças o que as deixa feliz de verdade! Pergunte sem dar opções, pergunte e deixe a resposta livre voar da boquinha delas… Será que a maioria dirá que o que a faz feliz é ter tantos pares de sapato ou comprar tantas bonecas iguais com apenas pequenas variações entre elas, ou ainda que a maior felicidade é ter uma prateleira lotada de super-herois e seus superinimigos imortais? Se você acha que sabe a resposta ou se está na dúvida, pergunte! Pergunte e talvez você se surpreenda com a simplicidade do produto ou ação que deixa uma criança feliz. Talvez você não se surpreenda e, se as respostas forem iguais ou semelhantes às que citei anteriormente, então está na hora de agir!, do adulto da relação agir! Que alternativas de lazer e prazer, nós adultos, estando dando para as crianças? Que tipo de conversa sobre sua vida social e cidadã estamos tendo com ela? As perguntas também são para nós, adultos, nós também precisamos refletir sobre nossa reação aos apelos midiáticos para o consumismo e perceber que exemplo estamos dando.


Flávia Lino é pedagoga, especializada em Educação e Novas Mídias, professora do ensino fundamental de uma escola federal, com anos de experiência em escolas privadas. Email: flavitalino@yahoo.com.br

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